Empatia: a perspectiva do outro em mim

Por que é tão importante a habilidade de se colocar no lugar da outra pessoa, um ser que pensa, sente e age diferente? Haverá mais empatia no pós-pandemia?

No inglês, a expressão ´put yourself in my shoes´, ou ‘coloque-se no meu lugar’, convida à reflexão da empatia, ou seja, como você ficaria ou agiria se estivesse na mesma situação da outra pessoa, porém com a perspectiva dela, não a sua.

A empatia não é o mesmo que bondade, tolerância, altruísmo ou compaixão. É um exercício que gera identificação com alguém, muitas vezes, distante de sua realidade e de seus valores.

Ela ocorre, por exemplo, no acolhimento aos refugiados, por meio da conexão estabelecida com o mundo do outro ou, então, ao estar próximo de uma pessoa que acaba de perder um ente querido. Ser empático ajuda a ampliar a consciência e avaliar a melhor tomada de decisão, sempre considerando o que o outro solicita em determinado momento.

Exercitar a empatia não é uma tarefa fácil, mas completamente possível nas relações interpessoais. Embora a palavra tenha se tornado frequente no vocabulário das pessoas durante a pandemia, ela é atemporal, além de ser uma das mais complexas habilidades socioemocionais  para ser constantemente observada e trabalhada. Pede reconhecimento da verdade e da vontade do outro, e acolhimento, mesmo que haja divergência de opiniões e atitudes.

Cada um e cada outro: como desenvolver a empatia no ambiente escolar?

A empatia visa o respeito ao outro, às suas emoções, pensamentos e decisões. Uma das formas efetivas de exercitá-la é a escuta ativa, sem julgamentos. O célebre educador e escritor brasileiro, Rubem Alves, costumava dizer: “O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranquila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam ´Se eu fosse você’. Não aprendi isso nos livros. Aprendi prestando atenção.”

Para Natália Harger, Whole Child Development Team da Camino School, assim como a escuta ativa, as rodas de conversa e as expedições promovidas em sala de aula permitem abordar o tema da empatia e, a partir de uma série de vivências cotidianas, possibilitam incentivá-la.

“A escola é um espaço de convivência, o que favorece a identificação do outro e de suas necessidades. Esse espaço ajuda a fortalecer laços afetivos, desenvolver a noção de sociedade e aumentar a compreensão sobre os benefícios da diversidade. É nesta troca enriquecedora do dia a dia que a empatia vai sendo elaborada, construída, até fluir naturalmente nas relações”, pontua Natália.

Para saber mais sobre a Camino Education e suas soluções educacionais, acesse o site da Camino School e da Cloe.

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