Alfabetização: o código de letras da humanidade
Estágio elementar da educação é crucial na formação e no letramento de indivíduos; a metodologia da aprendizagem ativa proporciona mais protagonismo aos educandos
O processo de alfabetização incrementa a relação com o mundo, abre trilhas para aprofundar o conhecimento, contribui nas interações e habilidades socioemocionais. Seu código resgata registros importantes sobre a humanidade e ajuda a conduzir os próximos passos das gerações.
Celebrado em 8 de setembro, o Dia Mundial da Alfabetização foi instituído, em 1967, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), para fomentar iniciativas globais e promover avanços nessa esfera.
A alfabetização é um direito fundamentado pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e está entre as prioridades da agenda 2030 de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Refletir sobre o sistema de escrita e caminhar rumo à alfabetização é um dos momentos mais enriquecedores na formação e evolução da criança, que já traz um letramento a partir de observações e análises cotidianas, que ocorrem desde os primeiros anos de vida. Na Camino School, atuar na alfabetização é apoiar o desenvolvimento integral do aluno, por meio de uma série de vivências que visam ampliar o seu repertório e protagonismo, ao auxiliar na construção de bases sólidas para sua jornada como estudante, profissional e cidadão do mundo.
Aprendizagem ativa e contínua para a alfabetização
Mais do que sonora ou visual, uma palavra poder vir carregada de cheiro, sabor, emoção. Pode ser ativa, receptiva, engajadora, construtiva e muitas vezes transformadora. Roberta Natali, educadora da Camino School, desenvolve projetos não apenas para codificar e decodificar palavras e frases ao alfabetizar, mas sim oferecer ao aluno a oportunidade de vivenciar este processo ao exercitar a função social da linguagem, permitindo refletir, criar, argumentar, resolver conflitos, propor soluções, interagir, aprender ativamente e continuamente.
“Ler e escrever é possibilitar que o aluno experencie as práticas comunicativas, seja da forma convencional ou nas brincadeiras. Esta é uma construção diária de algo muito maior, à medida que a criança, ao explorar o alfabeto, passa a exercitar seus diversos papeis em sociedade – ora de ouvinte, leitora ou expectadora; ora de quem fala, escreve e se posiciona como sujeito ativo, responsável por suas decisões”, ressalta.
Mais do que costurar palavras, tecer conexões
Nesta data em que se comemora o Dia Mundial da Alfabetização, Roberta lembra a pedagoga e escritora Cláudia Maria Mendes Gontijo, que costuma dizer: “Ler e escrever é muito mais que juntar letras e formar palavras. Ler é ver mais do que está escrito, é descobrir o que o outro pensou. Escrever é poder deixar a nossa marca numa folha, num caderno, no mundo. Ler e escrever é saber que isso foi construído aos poucos, com a ajuda de muitos e a própria força de vontade”.