ALLS eleva debate sobre aprendizagem ativa entre líderes e gestores escolares

1ª edição do evento promovido pela Camino School reuniu líderes e profissionais da área de educação para um intercâmbio construtivo sobre metodologias inovadoras, como a aprendizagem ativa
Primeira edição do ALLS - aprendizagem ativa
Leticia Lyle em bate-papo com o Artur Tacla, Royce Holiday e Leslie Patterson

O lançamento do ALLS – Active Learning Leaderships for Schools aconteceu entre os dias 22 e 24 de julho, de forma 100% on-line. Diversas ideias e debates ebuliram nesses três dias, que contaram com participantes de várias nacionalidades. O grande objetivo do programa foi assessorar mantenedores, diretores e demais profissionais da liderança de escolas da educação básica na implementação de metodologias inovadoras tanto pedagógicas como operacionais.

Logo no primeiro dia, Charles Fadel (Escola de Educação de Harvard) e Susan Fuhrman (Universidade da Pensilvânia e Universidade da Columbia) proferiram uma aula magna sobre lideranças e educação unidas em prol das competências no século 21. Autor do livro “Educação em quatro dimensões”, Fadel apresentou um estudo no qual o Brasil lidera no quesito “coragem” (contextualizado para a educação), inclusive à frente dos países nórdicos, que se destacam nesse indicador. De acordo com o acadêmico, para continuarem avançando rumo ao futuro, professores devem se dedicar a adaptações locais, estratégias de classe, aprendizado personalizado, interações com os pais, colaborações com outros educadores e com profissionais de outras áreas.

Susan Fuhrman, que também é diretora do Consortium for Policy Research in Education desde 1985, além de reitora da Universidade da Pensilvânia e presidente da Teachers College da Universidade da Columbia, defendeu que liderança é a palavra-chave para dar oportunidade e o devido apoio, de modo que as pessoas possam fazer seus trabalhos da melhor maneira. “Não é sobre mim e, sim, sobre todos os professores e colegas com os quais trabalhamos. O que podemos fazer para apoiá-los e darmos o nosso melhor? O caminho é sempre envolver os stakeholders na criação da melhor estratégia e no suporte à sua implementação”, afirma.

Aprendizagem ativa e a complexidade da educação

Ainda no dia de abertura, o painel de experiências “APB (Aprendizagem baseada em problemas ou projetos) e a mudança nas escolas” contou com Ramona Trevino, doutora pela Universidade do Texas, para falar sobre o assunto. Ela discorreu sobre a implementação da aprendizagem baseada em projetos e como fazer esse movimento, ressaltando a importância, acima de tudo, da transparência. “É preciso que os objetivos estejam alinhados entre toda a comunidade escolar e que as decisões tomadas sejam baseadas em problemáticas reais. Além disso, é importante que professores e alunos tenham o preparo e os recursos para viverem a transformação”, destaca.

A masterclass do segundo dia (23/07), intitulada “Decodificando a complexidade na educação”, contou com três debatedores: o filósofo Artur Tacla, a escritora Royce Holiday e a especialista em educação superior Leslie Patterson. Um estudioso do tema, Tacla destacou: “Quando lidamos com complexidade, a questão é sobre a vida. Podemos descrevê-la como um grande jogo que estamos praticando o tempo todo”.

O debatedor ainda defendeu que o papel do professor é “essa grande arte” de liberar o grande potencial de cada um. “Nosso trabalho não é consertar nem corrigir ninguém e, sim, trazer essa vocação para fora”, salienta.

Em seguida, Leslie fez um paralelo do tema com a aprendizagem ativa e propôs uma solução. “Você não consegue prever, tampouco controlar o aprendizado devido a esse sistema complexo, que é formado por pessoas, livros, ideias, procedimentos, políticas. Todos esses aspectos dialogam entre si. Nosso papel é buscar padrões, interagir e tomar uma atitude. Não podemos ter o controle, mas podemos criar condições para a aprendizagem ativa acontecer”. 

Para quem se interessa pela área de exatas, o escritor Phil Daro (Common Core State Standards for Mathematics) proferiu o bate-papo “Inovação em Matemática” sobre os obstáculos pedagógicos no ensino desta disciplina. O autor afirmou que os exercícios não são passados aos estudantes de maneira adequada. “Nessas atividades, o foco está sempre no resultado final, sendo que muitas vezes professores não levam em consideração o caminho escolhido pelo aluno para atingi-lo, o esforço empenhado no processo ou a diversidade de ideias”, destaca.

Muito conteúdo foi compartilhado nesse intervalo e essas ideias vão continuar reverberando no futuro. Para saber mais sobre a primeira edição do ALLS, acesse o site.

Para saber mais sobre a Camino Education e suas soluções educacionais, acesse o site da Camino School e da Cloe.

FacebookTwitterLinkedInWhatsApp