Diversidade é benéfica para todos e deve ser trabalhada de maneira holística
Programa de bolsas para estudantes negros e indígenas, comitê de diversidade e manual antirracista são algumas das iniciativas da Camino School para valorizar a pluralidade
Na Camino School, as inúmeras iniciativas relacionadas à diversidade e à inclusão — como o programa de bolsas, o comitê de diversidade e o manual antirracista — perpassam o entendimento que essas práticas são fundamentais não só para as pessoas que trazem essa pluralidade, mas para o sistema como um todo. A escola também considera importante dispor de vários meios e ações para trabalhar a inclusão de forma holística.
“Diversidade não é só implementar um programa de bolsas e aumentar o número de estudantes negros e indígenas na escola. Isso é uma parte importante, mas não é suficiente. É preciso fazer muitas outras coisas, como criar os fóruns corretos para discutir essas questões. Aí entra também um lugar de humildade, de ter consciência que não sabemos tudo”, diz Caio Garcez, expansions dean da Camino School.
O comitê de diversidade, formado neste ano, vem dessa necessidade. Esse espaço articula famílias, educadores e colaboradores na discussão e construção das propostas. “A ideia é ajudar a pensar como podemos tornar essa pauta viva e o que ainda temos para melhorar. É muito importante ouvir a voz das famílias sobre como elas estão enxergando a escola, como os filhos estão se sentindo. Temos levantado boas discussões”, conta o gestor. “Tem tópicos que a gente traz para eles, têm coisas que eles trazem para o grupo, como sugestões de formações e de textos. Em breve, vamos discutir o edital de bolsas.”
De acordo com Garcez, o objetivo é gradualemente aumentar a proporção de estudantes negros e indígenas na escola. Em 2021, foram 15 bolsistas, mas ainda não há definição de quantos serão em 2022. As bolsas variaram de 75% a 100% e cobrem toda a experiência da criança na escola, o que inclui kit de uniformes, material escolar, acesso a equipamentos (modem com pacote de internet, dispositivos como tablets ou laptops) e alimentação. “É um trabalho para zerar qualquer questão que possa atrapalhar a aprendizagem dessas crianças, o direito de estarem aqui.”
Ele ressalta que uma postura inclusiva também se reflete na contratação dos professores e nas escolhas arquitetônicas, de mobiliário, do material didático e dos brinquedos que são realizadas. “Não adianta ter 10 ou 20 estudantes negros na escola se não há um educador negro, em quem eles podem se projetar, ou livros com essa temática contemplada para que eles possam se ver representados nessas obras ou nos brinquedos.”
Outra ação em andamento é a elaboração do Manual da Escola Antirracista, um guia para elucidar o que famílias, estudantes, professores e funcionários da escola precisam estar a par, de modo a trabalhar a diversidade de uma maneira inclusiva e não excludente.
Um ponto importante, segundo Garcez, é que a inclusão não é só racial. “Temos que respeitar toda possibilidade de diversidade e a questão étnico-racial é apenas uma delas. Precisamos garantir também os espaços para as pessoas que têm alguma questão motora, sensorial ou intelectual.”
Nesse sentido, ele destaca o elevador acessível panorâmico, pintado de vermelho, que ocupa um lugar central no espaço da escola. “Se tivermos um aluno ou aluna com mobilidade reduzida, a ideia é que ele ou ela se sinta bem e valorizado. É uma coisa pequena, mas mostra nossa preocupação em trabalhar a diversidade e a inclusão de maneira holística”, pontua.
“Temos certeza de que existe um benefício para a comunidade inteira. Entendemos que não se trata de um favor, uma vez que é um bem para todos. A gente aprende muito e o faz ainda melhor quando traz a diversidade para a escola”, conclui.
Para saber mais sobre a Camino Education e suas soluções educacionais, acesse o site da Camino School e da Cloe.