Conheça as origens da aprendizagem ativa

Protagonismo do educando no processo de conhecimento já fazia parte dos estudos de grandes nomes da educação, como John Dewey, Jean Piaget e Paulo Freire
Conheça as origens da aprendizagem ativa
Protagonismo e pensamento prático: saiba mais sobre o conceito da aprendizagem ativa e entenda porque é tão importante na Camino School

A  proposta de colocar o estudante no centro da aprendizagem e a reflexão sobre novas práticas e recursos para transformar o processo educativo não são exatamente uma novidade. As metodologias ativas, que podem ser definidas como qualquer método de ensino que envolve os educandos no processo de aprendizagem, já eram discutidas na educação até antes do século XX. Autores que são referência no assunto, como o norte-americano John Dewey (1859-1952), o suíço Jean Piaget (1896-1980) e o brasileiro Paulo Freire (1921-1997), já trabalhavam com essa abordagem, embora não utilizassem esses conceitos em suas produções.

O modelo tradicional de educação, que vigorou até o século XX, era baseado em hierarquia, aulas expositivas, desenvolvimento de habilidades de baixa complexidade e testes padronizados que não consideravam as diferenças individuais. Nesse ambiente escolar, a responsabilidade do professor, único detentor do conhecimento, acabava quando ele transmitia o conteúdo, e não quando o aluno aprendia.

Com o avanço da tecnologia e o surgimento de novas demandas sociais — relacionadas à inovação, automação, transformação digital, sustentabilidade — e no contexto de um mundo cada vez mais incerto, ambíguo, volátil e complexo, a educação precisou responder a novos desafios. Nesse cenário, em que as relações são mais horizontais, as pessoas estão conectadas e o conhecimento não é mais algo exclusivo do educador, o processo de ensinar volta-se não mais para o que o “maestro” ensina, mas para o que a “orquestra” aprende. Esse novo olhar coloca o estudante em outro patamar, como o protagonista do processo de aprendizagem.

Essa aprendizagem ativa exige que atividades significativas: o educando deve pensar no que está fazendo. Inclui também o desenvolvimento de competências e habilidades socioemocionais, como autonomia, empatia, colaboração, pensamento crítico e criatividade, e o uso de metodologias nas quais a investigação assume papel central — como o trabalho com projetos e o ensino entre pares. Nesse ambiente, o professor também ganha a função de mediador e orientador do processo.

Na primeira metade do século XX, Dewey foi o inspirador do Escola Nova, um movimento pela renovação do ensino que via o estudante como protagonista de seu processo de educação, defendendo o seu desenvolvimento integral e a construção coletiva do conhecimento.

Posteriormente, Piaget aprofundou os estudos sobre a gênese do conhecimento e sua evolução, argumentando que a forma como as crianças constroem o conhecimento passa não só por aspectos cognitivos, mas também afetivos e sociais.

Já Paulo Freire considerava que a educação precisava partir da realidade do aluno e levar em conta seus conhecimentos prévios para atingir seu objetivo maior, que é conscientizá-lo de sua condição histórica. Só assim, ele poderia assumir o controle de sua trajetória e de sua capacidade de transformar o mundo.

Esses três autores são exemplos de pensadores que inovaram na concepção educacional e abriram caminhos para o que hoje chamamos de aprendizagem ativa.

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