Futuro do trabalho vai exigir a combinação de competências técnicas e habilidades socioemocionais
Fernando Shayer, CEO da Camino Education e da Cloe, participou de webinar, organizado pela plataforma Bússola, que tratou do conceito de trabalhabilidade e a qualificação profissional pós-Covid
Fernando Shayer, um dos sócios-fundadores e CEO da Camino Education e da Cloe, foi um dos convidados do webinar “Trabalhabilidade: qualificação profissional pós-Covid”, realizado na quarta, 24 de março, pela Bússola, plataforma de conteúdo da revista Exame e do Grupo FSB.
Com mediação de Rafael Lisbôa, diretor da Bússola, o debate contou também com a presença de Jonas Andrey, vice-presidente de estratégia, dados, marketing e inovação da Pearson na América Latina; Jânyo Diniz, CEO do Grupo Ser Educacional; e Patricia Aguiar, gerente da rede de líderes da Fundação Estudar.
Os participantes discutiram, entre outros temas, como a pandemia tem impactado o setor de educação, o futuro das relações profissionais, como se preparar para os novos desafios do mercado ecomo garantir relevância no mundo do trabalho.
Trabalhabilidade x empregabilidade
No centro do debate esteve a questão da trabalhabilidade, termo que amplia o conceito de empregabilidade e diz respeito à ideia que, na busca por espaço no mercado de trabalho, o emprego é uma das opções, mas não a única. Como funcionário, consultor ou empreendedor, cada profissional deve usar as suas habilidades e competências e buscar qualificação constantemente para encontrar a melhor maneira de produzir economicamente.
“Especialistas acreditam que o futuro do trabalho vai exigir cada vez mais uma combinação de competências técnicas e habilidades socioemocionais — para que além de desempenhar uma atividade profissional, cada pessoa seja protagonista da sua própria história”, resumiu o mediador Rafael Lisbôa.
No cenário da pandemia, que afetou as rotinas de aprendizagem e os modelos de ensino, surgem novos desafios que têm exigido que a educação se adapte e se atualize para ser capaz de preparar os jovens para essas novas e complexas demandas.
Aprendizagem ativa: o estudante como protagonista
Nesse contexto, Shayer ressaltou tendências que já estavam em curso na área educacional e que foram impulsionadas pela Covid-19, como a digitalização e o uso de recursos tecnológicos; a acessibilidade, na medida em que se trata de experiência mais barata em comparação com o material impresso e desenhada para o usuário; e a utilização da Aprendizagem ativa no processo de ensino e aprendizagem.
“Em um mundo em que a informação está disponível para todos, os conteúdos continuam sendo relevantes, mas é preciso investir muito mais no desenvolvimento de competências e habilidades. E a aprendizagem ativa faz isso, ao colocar o foco no aluno e propor o desenvolvimento de projetos e de trilhas de aprendizagem que vão permitir o seu protagonismo, a interatividade, o engajamento e o desenvolvimento de soluções colaborativas para os problemas da vida real”, disse o CEO da Camino e da Cloe.
Segundo ele, para que esse novo modelo de educação se consolide de fato serão necessários investimentos na infraestrutura digital das escolas e na formação dos professores, além de muito diálogo com eles para refletir sobre a tecnologia na prática docente e na aprendizagem dos alunos.
Shayer ainda destacou que, anteriormente, as pessoas eram avaliadas pelo quanto sabiam, mas, quando os saberes vão se transformando muito rapidamente, o quanto se sabe é cada vez menos relevante. “A principal diferença agora é o quanto se aprende. Para garantir a trabalhabilidade, o grande convite que está sendo feito pelo mundo é para aprender sempre e aprender ao longo da vida.”
Para saber mais sobre a Camino Education e suas soluções educacionais, acesse o site da escola e da Cloe.