O que as Olimpíadas de Tóquio têm a nos ensinar sobre inclusão

Olimpíadas aprendizagem ativa
Camino School defende que as práticas esportivas têm um dever social de debater aspectos socioemocionais e inclusão, além de trazer as mais diversas modalidades para o torneio

Após seu adiamento, em 2020, em razão da pandemia da Covid-19, as Olimpíadas de Tóquio já vêm ganhando ouro em diversos aspectos, como humanização dos atletas e inclusão de práticas que até então não eram modalidades presentes, como skate e surfe. Na Camino School, os esportes são ensinados de maneira transversal, dialogando com as demais áreas de aprendizagem, além de serem um motor de debates, justamente por terem um grande potencial socioemocional.

De acordo com o professor e educador físico Samuel de Araújo Silva – ou Samuca, como é conhecido –, as aulas de Movement, que fazem parte do eixo de Expressions, visam trazer questões da vida real, como cidadania e inclusão, para a quadra esportiva. “Trabalhamos em grupo um mesmo assunto. Sempre questiono os estudantes sobre o que devemos fazer com nossos direitos e deveres”.

Inclusão: uma partida em que todos vencem

Na prática, esses tópicos, que sempre geram discussões positivas, são apresentados de maneira dinâmica, colocando os participantes como protagonistas nesse processo – e essas atividades estão alinhadas com a metodologia da aprendizagem ativa, exercida pela instituição. “Muitos já querem chegar e jogar futebol. Às vezes, dizem que é a vontade da maioria. Sempre questiono: mas e o desejo das minorias? Vocês se falaram?”, indaga. Tudo isso é apresentado com jogos e brincadeiras.

Nos primeiros dias olímpicos, o Brasil trouxe para casa medalhas em modalidades estreantes, como skate e surfe. Quem não se emocionou com o choro de Ítalo ou com a vitória de Rayssa Leal? “Foi maravilhoso ver essas duas atividades esportivas migrarem para uma posição mais nobre”, destaca. E não teve apenas isso: a ginasta americana Simone Biles trouxe à tona uma pauta superimportante sobre saúde mental, ao dizer que “é ok não estar ok”. Essas Olimpíadas devem entrar para a História por incluírem uma agenda até então adiada.

“Desde que a escola foi fundada, olhamos atentos para os esportes urbanos, como skate. É um contexto muito nosso em São Paulo. E, claro, não deixamos de contemplar os clássicos, previstos na BNCC, como futebol, handebol, vôlei e basquete”, acrescenta Samuca. Durante a pandemia, com as crianças em casa, várias estratégias foram adotadas, como sessões mais teóricas ou atividades individualizadas, com ginásticas e alongamentos. 

E por falar nesse assunto, desde que a quarentena começou em 2020, muitos estudantes não tinham a maturidade para entender o que estava acontecendo. Mesmo hoje, com a vacinação avançando, os desafios continuam postos à mesa. “Brincar virou uma questão delicada nesse contexto de pandemia. Pense em uma criança de 5 anos que está isolada em casa: ela passou quase metade de sua vida nesse formato. Não é fácil. É por isso que as práticas esportivas devem ter esse olhar atento ao socioemocional. É um pouco disso que as pessoas estão debatendo quando falam sobre a Simone Biles”, complementa o professor.

Hora de voltar

Na primeira semana de agosto, a Camino School volta às atividades presenciais. As turmas já podem aguardar uma aula temática sobre as Olimpíadas nas aulas de Movement. “Estou preparando um resgate dessas discussões, até para entender o impacto das Olimpíadas em nossos estudantes. Vamos fazer um levantamento durante nossas sessões para ver o que eles entenderam ou sentiram”, acrescenta Samuca – um educador com uma bagagem sem tamanho, diga-se de passagem. Nascido em Teresina (PI) e hoje radicado em São Paulo, o professor foi atleta de triatlo por 23 anos. “Os esportes são um meio muito eficaz de promover um acesso emocional a cada praticante. Os resultados são inegáveis”.

Para saber mais sobre a Camino Education e suas soluções educacionais, acesse o site da Camino School e da Cloe.

FacebookTwitterLinkedInWhatsApp