Brincar de fazer perguntas é uma forma de aprendizagem ativa

Fora do ambiente escolar, ao propor investigações e questionamentos, os pais também contribuem para o desenvolvimento da criatividade e do pensamento crítico das crianças
Brincar também é forma de aprendizagem ativa

Desenvolver a curiosidade das crianças e brincar de fazer perguntas e investigações é uma forma de aprendizagem ativa – aquela que coloca o estudante como protagonista do seu conhecimento – que pode ser praticada com a família e fora do ambiente escolar.

“Esse tipo de abordagem estimula o pensamento crítico e a curiosidade, que são essenciais para o aprendizado ao longo da vida e para o próprio engajamento do estudante com o conhecimento e com as atividades escolares”, afirma Leticia Lyle, cofundadora da Camino Education e diretora pedagógica da Camino School.

Para exercitar a aprendizagem ativa em casa, Letícia sugere que os pais se sentem com os filhos e elaborem perguntas e questionamentos – por exemplo, indagar à criança se ela sabe o porquê de determinada coisa, que pergunta ela faria em determinada situação ou em relação a um filme que assistiu ou a um lugar que visitou.

A diretora diz que, além de deixar nosso cérebro e nossas emoções prontos para aprender e para criar novas hipóteses, essas investigações também são atividades lúdicas e uma forma de melhorar a convivência e estreitar os laços familiares. “Essas perguntas abrem espaço para conversas sobre histórias que os pais viveram quando era mais jovens e que agora podem compartilhar com os filhos.”

A aprendizagem está no dia a dia

Leticia aponta que, no próprio dia a dia, também há muitas situações de aprendizagem. “Observar o que a criança está fazendo ou com o quê ela está brincando ajuda a formular questionamentos fantásticos. É olhando alguma brincadeira da criança com um bichinho que achou no jardim ou a partir de alguma coisa que ela observou que nós podemos procurar outras perguntas para fazer a elas”.

Outra estratégia simples, que é possível fazer em casa, é olhar pela janela e tentar recontar narrativas sobre aquilo que se vê. “Os pais podem convidar a criança a imaginar quem mora naquela casa que estão vendo e contar uma história sobre essa pessoa ou sobre o que acontece naquele lugar. Podem incentivar, ainda, a busca por histórias fantásticas e diferentes. É uma atividade bem divertida que as crianças costumam fazer e vão adorar compartilhar com os pais”, destaca a diretora. “A partir daí, a família pode continuar estimulando a criação dessas narrativas e propor que construam juntos um livro ou um outro suporte para registrar um pouco dessas aventuras pensadas.”

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