Aprendizagem ativa pode continuar em casa e durante as férias

Novas experiências e vivências – como uma viagem, uma atividade cultural ou mesmo a leitura e o interesse por algo – levam a processos de investigação e reflexão que ajudam na ampliação dos saberes
 

A aprendizagem ativa, em que a investigação assume papel central e os estudantes constroem o seu conhecimento a partir da realização de atividades significativas, não se restringe à sala de aula ou à escola. Ela pode ocorrer, por exemplo, em casa e durante as férias.

 

“Muito do que a gente entende por aprendizagem ativa já acontece em casa. Quando o estudante está fazendo um experimento, como aprendendo a fazer um bolo com os pais, e eles começam a fazer perguntas e contar histórias e conhecimentos, eles já estão realizando com uma pequena expedição [projeto educacional que integra diversas metodologias ativas e que convida os estudantes a resolverem problemas da vida real]”, diz Leticia Lyle, Cofundadora da Camino Education e diretora pedagógica da Camino School. 

 

Ela explica que novas experiências, vivências diversas e os questionamentos que surgem dessas situações, podem levar a processos de investigação mais profundos que vão ajudar na aprendizagem. “Por meio do brincar, do interessar-se por algo, da investigação e da exploração – que os pais podem ajudar ao adicionar boas perguntas e questões norteadoras – e, posteriormente, da reflexão, os estudantes continuam esse processo de aprendizagem.” 

 

De acordo com a diretora, alguns estudos mostram a importância de seguir na construção dessas habilidades e competências ao longo do período das férias – saber questionar, saber avaliar, saber refletir – pois são ferramentas essenciais para a vida. “Quando estamos em outros lugares, temos um campo fértil para isso. Uma viagem e até mesmo uma atividade cultural diferente estimulam o questionamento e a aprendizagem ativa. Os livros também são uma maneira de trazer isso”.

‘Mão na massa’ nas férias estimula a aprendizagem

Leticia aponta que, muitas vezes, nas férias, os estudantes podem querer só jogar videogame ou fazer atividades em que estão um pouco mais passivos. “A ideia é que se conseguimos trazer um pouco mais do ‘mão na massa’, da exposição a novos elementos, estamos incentivando a mente da criança a fazer mais perguntas. E essa mente inquisitiva e reflexiva estimula não só as habilidades cognitivas, mas as socioemocionais, e com certeza, isso traz ganhos de aprendizagem em vários campos.” Esses ganhos não serão, necessariamente, numa disciplina específica, mas esse conhecimento vai estar lá e, eventualmente, no futuro, essa é a matéria-prima que o estudante vai usar para aprender conceitos mais complexos.


Na Cloe, a plataforma digital da Camino Education, há atividades que promovem a aprendizagem ativa e podem ser mediadas e conduzidas pelos pais, para crianças até 12 anos. “Até mesmo atividades direcionadas, como fazer uma revisão das expedições que já foram feitas, podem ajudar”, afirma a diretora. Para os familiares que estão buscando sugestões de atividades educativas, a Cloe disponibilizou um cronograma voltado para crianças de 2 a 12 anos no link.  


Segundo ela, a aprendizagem ativa ajuda o estudante a ganhar repertório, o que tem grande importância nessa fase em que ela está crescendo e se desenvolvendo. “Vale muito a pena que, durante as férias, a gente continue buscando algumas maneiras de promover isso. Todos nós podemos ser mediadores desse processo de aprendizagem ativa. Isso sem esquecer da importância do brincar, do brincar livre, que é onde nascem as paixões e os interesses.”

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