Nas expedições da Camino, estudantes são convidados a resolver problemas da vida real

Questão norteadora e relevante para a faixa etária garante aprendizagem significativa e conduz à busca de uma solução; projetos envolvem o desenvolvimento de habilidades e competências alinhadas à BNCC

A aprendizagem ativa é uma abordagem educacional que coloca os estudantes no centro do processo de aprendizagem, ao realizar atividades significativas e construir o seu conhecimento. Na Camino Education, essa metodologia é trabalhada nas chamadas expedições, em que os estudantes buscam resolver um problema relevante para eles, engajando-se na busca da solução. As expedições desenvolvem habilidades e competências socioemocionais alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), articuladas pelo Currículo Linear Camino, e contemplam três elementos: um problema do mundo real, uma questão norteadora e uma conquista. 

 

“Partimos sempre de uma situação da vida real adequada à faixa etária, que pode ser   tanto da realidade imediata para as crianças mais novas — como uma questão relacionada à convivência, por exemplo–, como um problema do mundo externo — os refugiados, a questão da água ou das doenças transmissíveis – de que o aluno vai tentar resolver um determinado aspecto”, diz Juliana Ferrari, gerente de conteúdo da Camino Education.

 

Ela explica que a questão norteadora endereça o problema do mundo real e convida o estudante a fazer algo a respeito daquilo — por exemplo, como dar visibilidade sobre os refugiados. Já a conquista é o produto pedagógico dessa expedição, ou seja, o que os estudantes realizaram para resolver o problema ou melhorar a situação. Pode ser desde um produto, como um podcast ou um vídeo educativo, até uma ação, como uma campanha de conscientização na comunidade, uma intervenção poética ou uma carta para a prefeitura. “As conquistas são bem diversas e respondem ao tamanho do problema proposto, que é sempre significativo para a criança”.  Não há uma única solução possível: cada estudante pode criativamente propor uma solução válida, com base na sua experiência e aprendizagem.

Conhecimento para a vida

No Ensino Fundamental, cada disciplina — artes, ciências, geografia, história, língua inglesa, língua portuguesa e matemática – tem o seu conjunto de expedições. Além dessas matérias tradicionais, a Camino oferece uma disciplina especial chamada de Garage 21, dividida em cinco temáticas contemporâneas: trabalhos manuais, economia e empreendedorismo, saúde e bem-estar, tecnologia e ética e cultura. Na Educação Infantil, as expedições seguem os campos de experiência da BNCC.

Juliana conta que a anatomia de cada expedição foi formulada a partir da Ciência da Aprendizagem.  Cada expedição compreende um conjunto de 8, 12 ou 16 aulas, que são divididas em quatro etapas: convite, em que se levanta os conhecimentos prévios do estudante sobre determinado tema e se contextualiza o problema; a ação, em que é apresentado o conteúdo, e o estudante já começa a trabalhar no seu projeto; a avaliação, em que ele mostra o resultado do seu trabalho (a conquista) e é avaliado; e a reflexão e metacognição, que acontece sempre na última aula da expedição e representa a tomada de consciência do estudante em relação ao processo pelo qual passou e à importância daquele aprendizado para a sua vida. 

Essa mesma lógica serve de base para a criação de expedições pela Camino School, escola própria da Camino, em São Paulo.  Como a escola é trilíngue, as expedições incluem, de maneira interdisciplinar, atividades integradas em várias disciplinas.

Para a gerente de conteúdo da Camino, uma das missões das expedições é fazer com que o conhecimento que o estudante teve na escola nunca pareça algo fútil ou desprezível. “A questão da relevância é fundamental, pois existe o problema em si e existe como o problema afeta cada um. Quando conseguimos acessar esse lugar do estudante — o que eu tenho a ver com isso – ele vai se engajar em resolver, seja um problema individual, seja um problema coletivo”, afirma Juliana. “O que a gente consegue com as expedições é que nenhum estudante olhe para o conteúdo da escola e fale ‘eu não tenho nada a ver com isso’ ou eu ‘nunca mais vou usar isso na minha vida’”.

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